BiG2025: programa seleciona Indtechs para internacionalizar na Alemanha

Desde 2023, o programa tem contribuído para aumentar a visibilidade internacional das soluções tecnológicas desenvolvidas no Brasil, impulsionando a criação de parcerias estratégicas e atraindo investimentos para o setor de tecnologia para indústrias no Brasil.

Sobre o BiG2025

Nesta 3ª edição, o BiG2025 ganhou mais relevância ao decidir dedicar quatro dias inteiros para a Hannover Messe, a maior feira tecnológica industrial do mundo. Realizada desde 1947 na cidade de Hanover, capital do estado alemão da Baixa Saxônia, este ano a feira acontecerá de 31 de março a 04 de abril.

A iniciativa é organizada pelo FindesLab, hub de inovação aberta industrial do Espírito Santo, em parceria com a Bcome.global, tem o apoio da Fapes (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo), do Ministério das Relações Exteriores e outras instituições privadas. 

Confiras as Indtechs que participaram da primeira etapa da capacitação

Mogai Tecnologia (ES), Sismetro (PR), Letwe Innovation (MG), Hedro (MG), 2Solve (ES), Melvin (MG), Infinite Foundry (SP), Vitau Automation (MG), Digimet Solutions (SC), EVOLV (SP), I-Sensi (SP), Qualitystorm (PR), Strokmatic (SC), Embeddo (RJ), Stepps Tecnologia (PE), Previsiown (RJ), MEKATRONIK/MK Digital (PE), 4Feedstock (SC), ESGscan (MG), Zafety (SP), Harumi (SP), Daices Digital Industries (ES), I2 – Industrial Innovation (MG), Endelevo (ES), SmartDry Liquefaction (SP), MA.IA Solutions (SP).

Durante este primeiro período de capacitação, o programa recebeu 26 participantes que puderam conhecer as oportunidades alemãs e obter  parte do aprendizado necessário para o desenvolvimento da sua Indtech no país europeu. 

Em resumo, os participantes precisaram refletir sobre o porquê de internacionalizar e o que precisa ser desenvolvido, respondendo questões como: 

• motivo da internacionalização;
• recursos disponíveis;
• potenciais clientes e parceiros no país destino;
• como será medido o desempenho da internacionalização.

No primeiro encontro, o ministrante Claudio Goldbach convidou os responsáveis pela  internacionalização (Chief of Internationalization Officer ou CIOs) das Indtechs participantes para refletirem sobre os motivos que os impulsionam a internacionalizar e sobre os principais desafios a serem superados nesta jornada. A fim de documentar essa reflexão, Goldbach apresentou o Internalization Canvas, uma ferramenta exclusiva para ajudar os selecionados a organizarem as expectativas e as tarefas necessárias para alçar novos negócios em outro continente.

A segunda aula revisitou os aspectos relacionados às diferenças culturais entre o Brasil e a Alemanha. A partir de experiências pessoais, Goldbach buscou sensibilizar os participantes com uma discussão baseada no livro “O Mapa Cultural: Rompendo as Barreiras Invisíveis dos Negócios Globais” junto ao Internationalization Canvas Pessoal, material que explora as motivações racionais e sentimentais do CIO dentro do cenário do seu principal objetivo: internacionalizar.

No encontro dedicado à finalização desta primeira etapa de capacitações, a reflexão foi dedicada a entender “Por que a Alemanha? Por que não a Alemanha?”, uma maneira didática de Goldbach apresentar aos participantes os prós e os contras de negociar na Alemanha, sob uma perspectiva cultural brasileira. Para encerrar com chave de ouro, o programa recebeu uma convidada especial:  Sarah Gholiha que é Senior Manager Trend & Innovation Scouting do Germany Trade & Invest (GTAI). A alemã apresentou em inglês a Iniciativa Digital Hub, seguida pela oportunidade de uma sessão de perguntas e respostas.

Após essa fase, composta por três encontros, os participantes das empresas de base tecnológica de soluções para a indústria compreendem o porquê de internacionalizar e o que é necessário para tanto. Ademais, também ficou entendido no grupo que o caminho para alcançar negócios fora do território brasileiro é desafiador e exige dedicação extra do CIO e de todo o time da Indtech. 

Durante o mês de janeiro, os participantes tiveram acesso a um material exclusivo sobre internacionalização na Alemanha. No entanto, a verdade precisa ser dita: muitas têm potencial, mas quais estão preparadas para aceitar o desafio? Elencamos a seguir alguns depoimentos que recebemos dos participantes.

‘’Acredito que internacionalizar a nossa Indtech agora é um momento oportuno para diversificar a receita da nossa empresa. Passar a receber em Euro é importante para manter a estabilidade dos nossos negócios. Além disso, é interessante testar nosso produto de base tecnológica em um mercado onde a Indústria 4.0 acontece, especialmente para analisar nossas capacidades comerciais e de negociação. Acredito que o BiG 2025 oferece oportunidade de melhorias, trazendo hipóteses de como chegar até esses potenciais clientes”, afirmou um dos CIOs.

É unanimidade no mercado, as Indtechs são parte importante da transformação digital da indústria, considerando a responsabilidade em fornecer inovação tecnológica para tornar processos mais eficientes e eficazes, reduzindo custos e promovendo a sustentabilidade. Sendo assim, o BiG 2025 se torna relevante para capacitar empresas brasileiras de base tecnológica a competirem globalmente.

Inclusive, durante o encontro do porquê da Alemanha, outro CIO, destaca que a sua empresa oferece soluções principalmente para o setor automobilístico, um dos principais nichos da indústria alemã. Ele acrescenta que vislumbra encurtar o caminho até as empresas europeias com o apoio do conhecimento recebido durante a primeira etapa de capacitação do BiG 2025. 

Para a próxima fase, serão selecionadas até 16 participantes que seguirão para a segunda fase da capacitação, onde aprenderão, na prática, como se aproximar de possíveis parceiros alemães, convidando-os para as rodadas de negócios que ocorrerão durante a missão internacional do programa.

A Missão Internacional

As Inditechs selecionadas participarão na Hannover Messe 2025; visitas a centros de inovação e empresas líderes na Alemanha; encontros estratégicos com clientes e parceiros industriais, entre outras oportunidades. 

Feira Hannover Messe

O evento oferece visibilidade e conecta as Indtechs brasileiras às principais tendências tecnológicas mundiais. Além disso, proporciona um ambiente de aprendizado e troca de experiências essencial para empresas que buscam expandir seus horizontes.

Espírito Santo

Representado pelo Findeslab, o Espírito Santo tem destaque no cenário nacional de inovação e se consolida como um dos principais polos de inovação no Brasil, integrando tecnologia, empreendedorismo e sustentabilidade.

Além disso, segundo o Índice FIEC de Inovação 2024, o estado ocupa a 7ª posição no ranking geral de inovação entre as unidades federativas, destacando-se especialmente em áreas como Competitividade Global (2º lugar nacional) e Empreendedorismo (7º lugar nacional). Esse avanço se deve aos investimentos em infraestrutura tecnológica, apoio a Indtechs e políticas públicas voltadas para a competitividade industrial. Exatamente tudo que o BiG2025 representa.

Acompanhe o BiG2025 através do instagram da FindesLab @ findeslab, e pelo site https://findeslab.com.br/big2025/