As florestas são a base fundamental da cadeia produtiva em bioeconomia desenvolvida na Suzano SA. Esta matéria prima e renovável se transforma em bioprodutos como celulose, papel, higiene, Eucafluff, dentre outros.
Estudos sobre a compreensão da adaptabilidade de espécies à diferentes ambientes têm se aprimorado na busca de produzir florestas mais resilientes e eficientes no uso de recursos naturais. A intensificação do monitoramento ambiental (planta-solo-atmosfera) tem sido uma tendência no setor agrário, especialmente para mensuração dos efeitos das mudanças climáticas na produtividade.
Nesse contexto, a fenotipagem é um processo trivial para avaliar o crescimento das árvores e identificar seu desempenho em produtividade além de sinalizar possíveis deflatores de crescimento, seja por exemplo a nível de stress hídrico ou de deficiência nutricional. Por meio dela, é possível realizar o levantamento de informações biométricas da floresta, como altura, diâmetro, crescimento médio, área foliar, biomassa entre outros. No entanto, o custo associado à realização do inventário e ter este monitoramento em maior frequência representa um grande desafio para determinar os efeitos do clima e o melhor entendimento das relações fenótipo-manejo-ambiente.
O desafio aqui proposto consiste na utilização de sensores, sejam com aplicabilidade: a) in situ – direto na planta (hardware), ou b) remotos – imageamento por veículos aéreos não-tripulados – VANT, para ampliar a frequência de mensuração do crescimento da floresta. Em específico sobre os VANT, não há especificidade sobre o tipo (asa fixa ou multirotor) ou câmeras acopladas (por exemplo: RGB, Lidar).
É esperado o desenvolvimento de soluções para fenotipagem da floresta de eucalipto a partir da realização de “POC” (provas de conceito) em florestas da Suzano.
O escopo da proposta contempla tecnologias de medições diretas (desenvolvimento de hardware) e/ou remotas (plataforma Vant)
As soluções devem abranger metodologias para coleta e processamento de dados
Diretoria de Tecnologia e Inovação / Gerência Executiva de Manejo Florestal / Diretoria Florestal
A estratégia de desenvolvimento de novos produtos sustentáveis da Suzano já conta com a primeira planta de Lignina Kraft de Eucalipto, instalada na unidade Limeira, em operação industrial para produção de até 20.000 t/ano de lignina.
O produto é fornecido atualmente em pó para o mercado comercialmente e para desenvolvimento de potenciais aplicações. Contudo por se tratar de um pó orgânico e de cor marrom escura, a sua utilização apresenta alguns desafios devido principalmente a dificuldades operacionais no manuseio do produto nos clientes e também a questões de segurança, já que pós orgânicos em suspensão (poeira) podem gerar riscos de explosão se as condições de operação não forem devidamente apropriadas.
Desta forma, o desafio proposto é o desenvolvimento de um produto que possa ser fornecido a potenciais clientes em forma de pellets, ou aglomerados com tamanho de partículas maiores solucionando os problemas referentes a operação, manuseio, limpeza, contaminação e segurança, hoje presentes em algumas frentes de desenvolvimento de aplicação do produto.
– Alta concentração de lignina no pellet/aglomerado final > 90%
– Umidade final menor que 5% (umidade elevada pode afetar a aplicação)
– Uniformidade de distribuição de tamanho de partícula e na densidade do material, muitos dosadores são volumétricos e as dosagens precisam ter baixa variação (dimensão ideal de 3 a 4 mm)
– Processo de obtenção deve ser mais simples e com menor custo possível para garantir a competitividade do novo material
Diretoria de Tecnologia e Inovação / Gerência Executiva de Celulose e Biorefinaria