Findeslab no Campinas Innovation Week 2025: Conectando inovação capixaba ao futuro nacional
Entre os dias 9 e 13 de junho, o Findeslab marcou presença no Campinas Innovation Week 2025 (CIW), um dos maiores encontros de inovação do país. O evento, realizado no Pátio Ferroviário de Campinas, reuniu líderes de hubs, parques tecnológicos, universidades, empresas e instituições públicas para promover conexões, debater tendências e fomentar políticas de ciência, tecnologia e inovação com impacto social e econômico.
Representando o Espírito Santo, o Findeslab foi protagonista no painel “Hubs de Inovação”, ao lado de instituições como Instituto Caldeira (RS), iUP IBP (RJ), Mining Hub (MG) e HIDS/Unicamp (SP). O debate evidenciou o papel dos hubs como catalisadores de transformações econômicas e sociais e reforçou a necessidade de uma agenda nacional integrada de inovação.
Por que Campinas?
A escolha de Campinas como plataforma de conexão estratégica não é acidental. A cidade abriga um dos ecossistemas de inovação mais robustos do Brasil, ancorado por instituições como a Unicamp, o CPqD, o Instituto Eldorado e o CNPEM/Sirius. O município também se destaca por sua governança multissetorial, com forte articulação entre poder público, academia e setor produtivo.
Com mais de 120 empresas de base tecnológica, 5 parques tecnológicos, incubadoras universitárias de excelência (como a Incamp) e aceleradoras como a Venture Hub e a Baita, Campinas consolida-se como um território fértil para inovação colaborativa. A cidade abriga mais de 10 centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D), entre eles o CPqD, o Instituto Eldorado, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e o CNPEM, formando um ecossistema de alta densidade científica e tecnológica. A Unicamp, sozinha, já gerou mais de 1.200 patentes e impulsiona mais de 170 startups ativas, sendo referência nacional na criação de spin-offs acadêmicas e na transferência de tecnologia. Esse ambiente fortalece diretamente a indústria ao promover a adoção de tecnologias emergentes e soluções de alto valor agregado. Campinas também se destaca como um dos principais polos brasileiros para o desenvolvimento de deeptechs — startups baseadas em descobertas científicas e tecnológicas de fronteira, como biotecnologia, inteligência artificial, nanotecnologia e computação quântica, que demandam maior investimento em pesquisa e oferecem soluções disruptivas para desafios complexos. Um dos expoentes desse ambiente é o Sirius, acelerador de partículas do CNPEM e um dos mais avançados do mundo, utilizado por pesquisadores e empresas para o desenvolvimento de novos materiais, medicamentos, alimentos e tecnologias com aplicação direta na indústria.
Principais Conexões e Aprendizados
Durante a missão, o Findeslab participou de painéis, rodadas de negócios, apresentações de startups e visitas técnicas. Destacam-se:
– Parcerias potenciais com a Inova Unicamp, CPqD, CNPEM e APTA Hub para iniciativas de P&D, transferência de tecnologia e aceleração.
– Aproximação com o HIDS (Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável), um projeto multissetorial que articula ciência, empresas, habitação e meio ambiente.
– Contato com startups premiadas e deeptechs focadas em biotecnologia, IoT agrícola, sustentabilidade e inteligência artificial — áreas prioritárias também para o Espírito Santo.
Além disso, a visita ao Campinas Innovation Tour permitiu conhecer soluções inovadoras em agricultura 4.0, biotecnologia sustentável e química verde, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Casos como o da Defense Fertilizer, que alcançou redução de 85% da ferrugem do café com biotecnologia, reforçam o potencial de impacto dessas inovações.
Cooperação que Gera Valor
A presença do Findeslab no Campinas Innovation Week foi mais do que uma participação em evento: foi um movimento de posicionamento estratégico. A partir das conexões e aprendizados adquiridos, o hub da indústria capixaba amplia sua capacidade de gerar valor para o setor produtivo, atrair parcerias e fortalecer o Espírito Santo como referência em inovação aplicada.
Essa aproximação com Campinas abre portas para novos projetos conjuntos, aprendizados institucionais e um olhar mais ambicioso sobre o papel que o Espírito Santo pode exercer no cenário nacional da inovação.
