Entenda o que são ecossistemas de inovação e como eles ajudam a sua empresa

Entenda o que são ecossistemas de inovação e como eles ajudam a sua empresa

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Entenda o que são ecossistemas de inovação e como eles ajudam a sua empresa

Ecossistema: conjunto de comunidades que vivem em um determinado local e interagem entre si e com o meio ambiente, constituindo um sistema estável, equilibrado e autossuficiente.

 

Se abrirmos o dicionário, essa é a descrição que encontraremos, baseada nos ensinamentos do ecólogo Arthur George Tansley. O termo foi usado pela primeira vez em 1935 e desde então tomou conta do vocabulário de cientistas e mesmo da sociedade.

 

Mas, nos últimos anos, muito temos ouvido falar em Ecossistemas de Inovação. E o que seria isso?

 

Salvo suas singularidades, os ecossistemas de inovação seguem a mesma lógica, dinamismo e densidade de um ecossistema marinho ou um ecossistema terrestre. Mas aqui, o conhecimento e a promoção das inter-relações é a parte mais importante, sendo necessária para a conexão entre empresas, indústrias, startups, instituições governamentais, academias e a sociedade para fazer a inovação acontecer.

 

“O ponto-chave é fazer essas relações acontecerem de forma orgânica, fluída e orgânica. Talvez esse seja o principal motivo de falarmos de Ecossistema de Inovação e não apenas Sistemas”, explica a Diretora de Inovação e Tecnologia Senai, Juliana Gavini.

 

Exemplos de cidades brasileiras que comportam ecossistemas maduros e em pleno funcionamento são Belo Horizonte, em Minas Gerais; São Paulo, capital; e Florianópolis, em Santa Catarina. Esses locais concentram os players de inovação em um mesmo lugar, favorecendo a promoção de negócios inovadores, valorizando a pesquisa e o desenvolvimento.

 

“Em Florianópolis, existe a Acate (Associação Catarinense de Tecnologia), que concentra em um mesmo espaço as empresas de tecnologia; a Darwin – que é uma aceleradora de startups; uma incubadora, espaços para grandes empresas, eventos para conteúdos e conexão de atores. Logo à frente tem um Instituto Senai de Tecnologia (IST), um grupo de investidores, empresas de tecnologias. A formação do ecossistema lá promove as conexões entre esses atores”, explica Gavini.

 

A formação desse ecossistema de inovação na capital catarinense possibilitou a mudança da matriz econômica da cidade: do turismo para a tecnologia.

 

Como construir?

 

Alguns ingredientes, por assim dizer, são essenciais para um ecossistema funcionar a todo vapor. Uma participação ativa dos atores – indústrias, empresas, academias, especialistas, governos, entidades – é um fator preponderante, além de um senso de coletividade.

 

“Eles precisam ter menos foco em autoria e mais foco em resultado. Se puder resumir um bom ecossistema, eu diria que é aquele que tem boas conexões, sólidas, que geram resultados. Um em que cada um sabe o que compete a ele: qual a minha parte, minha contribuição para promover a inovação de acontecer e o outro também saber qual é a parte dele; quem ajuda quem, em que momento” frisa a diretora de tecnologia e inovação do Senai.

 

Juliana Gavini, diretora de Tecnologia e Inovação do Senai

O diálogo é outro pilar da construção de um ecossistema forte. E, no Espírito Santo, o responsável por iniciar esse processo, unindo o setor produtivo, academia e governo é a Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), da qual o Sistema Findes faz parte.

 

A dinâmica começou em 2017 e ganhou força ao longo do ano passado. Esse grupo discute estratégias e maneiras de como trabalhar juntos para construir o ecossistema capixaba. Uma importante conquista desta integração é o Fundo Capixaba de Inovação (FCI), de R$ 80 milhões, que serão destinados a projetos selecionados por meio de editais de fomento às demandas em inovação do setor produtivo

 

Outra iniciativa importante no Estado é o Vale da Moqueca. Se a MCI une instituições públicas e privadas em torno do mesmo objetivo, o Vale une pessoas que querem mudar e valorizar o empreendedorismo e a inovação no Espírito Santo.

 

Formar talentos para inovação também é um ponto-chave para fazer um ecossistema prosperar, além de envolver no processo instituições que queiram apostar no novo, no diferente e estejam dispostas a assumir riscos, que fazem – naturalmente – parte desse processo. Políticas públicas de incentivo à pesquisa, desenvolvimento e inovação é a cereja do bolo no processo de construção de um eficiente ecossistema de inovação.

 

“A pesquisa é fundamental para o processo de desenvolvimento e inovação. Quando a gente fala de inovação, estamos falando em algo que já está no mercado, o produto na fase final. O desenvolvimento é o meio do caminho, quando a gente está saindo da ciência de base e indo para um nível mais aplicado. E a pesquisa de base é o que faz tudo isso acontecer. E é preciso criar estratégias para promover tudo isso. E um bom ecossistema é um terreno fértil que faz essas ações florescerem”, explica Gavini.

 

Foto: Diego Locatelli

Como usá-lo?

 

Segundo a diretora de Tecnologia e Inovação do Senai, Juliana Gavini, você “não usa um ecossistema de inovação, mas sim vivência”. Com ele, é possível acionar os parceiros certos para cada iniciativa, sendo uma via de mão-dupla: uma hora ele te entrega outra, noutra é necessário procurá-lo.

 

Dentro deste contexto, a Findes lançou na última semana o FindesLab: um hub de inovação para indústria, que será operado pelo Senai. O espaço é uma ponte de acesso da indústria ao ecossistema capixaba. Por meio dele, será possível ajudar as indústrias a ter acesso a linhas de financiamento para projetos em inovação, acesso a tecnologias de ponta, contato com startups que possam trazer soluções para indústrias, facilitar a criação e exploração de modelos de negócio, e fomentar um ambiente empreendedor mais inclusivo.

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