Findeslab: automatização de processos na ArcelorMittal marca solução da TCS – Technologies & Creative Solutions
O processo de automação em equipamento do parque industrial, a partir de inteligência artificial, somada a troca de experiências, aprendizados e o trabalho em equipe foram lembrados no encerramento do 1º Ciclo do Programa de Empreendedorismo Industrial do Findeslab, na solução Layer Vision, desenvolvido pela TCS – Technologies & Creative Solutions para a ArcelorMittal.
O projeto tem como demanda a automatização de processos de retirada de escória, um co-produto formado pela fusão das impurezas do minério de ferro. Na empresa, grande parte da sua produção é de escória granulada, utilizada na fabricação de cimento na construção civil. A proposta foi aumentar a segurança e eficiência do processo, aumentar a segurança da atividade repetitiva dos operários e diminuir danos aos equipamentos em função de movimentos equivocados do braço, quando operados manualmente.
A TCS alcançou a meta proposta pela ArcelorMittal, ao desenvolver um sistema de sistema de monitoramento e feedback de posicionamento a partir de sensoriamento e\ou visão computacional, somado à implementação de controle no robô por meio de dados coletados e tratados.
“Foi um desafio grande, pois muitas etapas foram pensadas para serem executadas presencialmente, o que não foi possível devido à pandemia. Uma vez refeito os objetivos e dentro daquilo que foi planejado em alcançar, conseguimos estruturar todo o processo. O trabalho da TCS e do Senai foi importante para conseguirmos chegar até aqui”, diz o pesquisador e cientista de Dados da ArcelorMittal, Guilherme Garcia.
O projeto se destacou pelo desafio, segundo o CEO da TCS, Fernando Souza, ao exigir da equipe envolvida maior engajamento para realização da proposta. “Foi um projeto que fomos transformando ao longo do caminho, e isso é legal, pois é muito o conceito de startup, que põe a cara e a coragem, se der errado, reinventa, desenvolve de novo, e foi bem isso. E no final, alcançamos o resultado, mesmo estando ainda no ambiente de simulação. Pelo caminhar e aprendizado, vimos que se tornou um projeto viável”, pontua.
O início do processo, os aprendizados e conhecimentos foram ponderados pelo gerente de Inovação Digital da ArcelorMittal, Lincoln Rezende. “Esse programa tem um capítulo especial nesse aprendizado e nessa construção dos processos de inovação aberta, de co-criação, e de tudo que conseguimos fomentar, a partir dessa relação bacana”, frisa.
Parceria com o ISTEO-ES
A equipe do Instituto Senai de Tecnologia em Eficiência Operacional (ISTEO-ES) foi peça fundamental na realização do projeto, ao orientar e contribuir para o processo de automação da solução. “A equipe da Arcelor, da TCS e o time do ISTEO-ES está trabalhando com uma ferramenta que é utilizada pelos grandes players de robótica, a nível mundial. Assim, o manipulador, que hoje é manual, está sendo transformado em um robô. Com isso, começamos a ter benefícios, pois o operador não precisará passar o tempo todo fazendo acionamentos manuais, diante da responsabilidade de monitorar um equipamento que é vital para operação da empresa”, destaca o especialista em automação industrial ISTEO-ES, Dayvson Leandro Araújo.
A afinidade do desafio e o alto desafio tecnológico foi apontado pela gerente de inovação do Findeslab, Naiara Galliani. “Temos o recurso do Senai, pois agrega muito para a indústria e para as pessoas. Por isso, quero destacar a inteligência da startup TCS quanto à boa integração e gestão dos recursos, como o Instituto, que conseguiu fazer uma atuação que contribuiu para o desenvolvimento da solução”, enfatiza.
Carmen Botelho, da Área de Captação de Projetos de Inovação do Grupo TCS – Technologies & Creative Solutions, reforça a ação conjunta com o Instituto para o alcance de resultados. “Essa organização com o Senai, como recurso, foi de fato exemplo para seguirmos e entendermos em que momento essa expertise se potencializa para alcançar os melhores resultados”, diz.
Projeto do Findeslab
Pâmella Campos, Gerente Comercial da TCS, falou do projeto que exigiu um tratamento diferenciado. “Aprendemos muito com a metodologia do Findeslab, e na formatação dos nossos processos internos. O programa que mais nos aproximamos foi esse, pela comunicação, conteúdos e metodologia ativa durante todo o processo, pois fizeram com que todas as startups evoluíssem não só tecnicamente, mas também frente ao mercado”, pontua.
Diante do atual cenário, ver o resultado positivo é gratificante, segundo a diretora de Inovação e Tecnologia do Senai-ES Juliana Gavini. “A ideia é evoluir a cada rodada do Programa, e assim queremos fazer, para criar e trazer essa dinâmica da inovação aberta. Todo mundo trabalhando junto, em prol de um problema real. Quando acontece de forma sólida e efetiva, gera aprendizado”, ressalta.
A parceria com o Findeslab foi apontada pelo coordenador de Inovação Digital da ArcelorMittal, Jardel Ferreira. “É legal ter um projeto de complexidade em um ambiente diferente, de alta temperatura, pois a solução que sai é de escalabilidade e para o nosso ambiente industrial isso é relevante. Então, é importante ter o Findeslab como parceiro. Não é à toa que foi reconhecido pelo ecossistema como o habitat de inovação”, enfatiza, diante da conquista do Findeslab com o Troféu iNO.VC ArcelorMittal de Inovação Digital 2020 na categoria “Ambiente de Inovação – Grande Vitória”.
Selo e Programa
Os participantes conferiram a programação de atividade do Programa, que totalizou em sua primeira edição 800 ações entre capacitações, mentorias, assessorias e monitoramentos do desenvolvimento da solução.
E ao final da reunião foram presentados com o certificado de participação e o selo de empresa parceira Findeslab para utilizar em seus materiais institucionais, concedido às startups que cumprirem com os objetivos dos desafios.
A primeira chamada do Programa de Empreendedorismo Industrial foi realizada em 2019. O edital foi lançado no dia 6 de setembro, e contou com 14 desafios propostos por oito grandes empresas, além da ArcelorMittal, são elas: Shell, Vale, Fortlev, ISH, CDTIV, Soma Urbanismo e Unimed. Atualmente, as soluções estão em fase de desenvolvimento.